sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

"Depois que tudo já tinha sido feito, ou antes, que nada mais pudesse acontecer”

Sempre ouço falar do fim do mundo, e sei que a cada dia que passa ele inexoravelmente se aproxima, nunca levei isso muito a sério, na verdade brinco que adoraria assistir a tão fabuloso espetáculo na primeira fila, de preferência com vista para o mar saboreando uma água de coco bem gelada. Outro dia fiz a mesma brincadeira com meus filhos durante o almoço, e cada um deles à sua maneira teve uma reação, nada que não fosse de se esperar de crianças, eu porém, comecei a tecer várias considerações, algumas fatalistas, outras bem humoradas, o quadro a ser pintado é algo que realmente não se poderá evitar, não há porque não encarar com naturalidade. A cada desgraça que acontece, ou a cada nova moda inventada, ou barbaridade praticada, todos são categóricos ao afirmar, “ISTO É O FIM DO MUNDO”, talvez seja mesmo, mas é quase certo que ainda não, mesmo assim ainda quero aquele meu lugar na primeira fila com vista para o mar e com a água de coco bem gelada. Doenças, catástrofes naturais, guerras, assassinatos com requintes de crueldade, o ser humano dando provas cada vez mais concretas de sua incapacidade de viver no planeta que habita sem destruí-lo por alguns trocados a mais, ou uma gozada que não possa ser deixada para daqui a cinco minutos, talvez fosse a última e mais mórbida diversão a ser apresentada para a humanidade, acho que até mereceríamos todos ingressos vip para assistirmos a derrocada final do homem, e o triunfo das baratas. Neste dia do juízo final, em que inspiraríamos nossos últimos litros de ar pútrido, teríamos todos a certeza que não mais viveríamos para contar nossa história, ou para dar aquela trepada com quem tanto sonhamos, ou ainda comprar qualquer coisa, ou mesmo roubar o que por tanto tempo desejamos, não poderíamos perder tempo buscando nossos inimigos para mata-los, talvez já estivessem mortos. Neste último e fatídico dia da humanidade sobre a terra de nada adiantaria pedir perdão, ou perdoar, ser bondoso, ou perverso, Deus talvez nem estivesse prestando atenção no que estaria ocorrendo, talvez estivesse ocupado com coisas muito mais interessantes, talvez nunca tivesse estado em qualquer lugar. O que eu poderia fazer nesse dia, se realmente estivesse presente? Talvez fosse realmente até a praia, beber uma água de coco bem gelada, ou ainda estivesse em casa almoçando com a família, não sei se faria nada que fosse digno de nota, ou extremamente prazeroso, ou ainda que resolvesse me afirmar como melhor que alguém neste dia em que finalmente todos nós haveríamos de inspirar nossos últimos litros de poluição, deixando todo o planeta à mercê das baratas, e de toda sorte de insetos, e vermes. Uma só coisa me preocupava nessa minha viagem a este dia caso ele fosse realmente acontecer tão brevemente, isto não seria fácil de ser explicado às crianças caso ainda estivessem comigo à mesa, mas também não seria necessário, mesmo porque elas assim como todos nós não teríamos mais um minuto de vida sequer, eu seria poupado pela impiedosa intervenção do destino comum a todos, acho que seria inútil explicar o que não precisaria mais de qualquer explicação, a realidade seria mais forte que minhas palavras, ela sempre é. Gostaria, no entanto de saber com seria o mundo das baratas e vermes que fatalmente tomariam conta de toda a terra, vida haveria, e quem sabe inteligência também, não sei se seria capaz de compreender sua nova ordem, sua lógica extremamente peculiar. Imagino ainda que restaria muito lixo sobre a terra, muita sucata a se degradar com o tempo, máquinas que ainda estariam inteiras e aptas a funcionar se houvesse energia e alguém para comandar. Computadores sem qualquer uso cheios de informações de todo tipo, ou totalmente vazios, obras de arte em museus que não passariam de um monte de material acumulado para finalidade alguma, isto também estaria a total disposição das nossas amigas baratas, dos vermes e demais seres que sobrevivessem ao fim dos tempos. O Tempo também desapareceria, ninguém mais se incomodaria em perceber sua passagem nem registra-la com relógios e calendários, talvez sobrassem vozes, registradas em gravações, imagens daquilo que um dia esteve por lá, palavras escritas, ou faladas, mas não significariam mais nada. Ainda assim o tempo passaria como sempre passou, indiferente à consciência de quem quer que fosse um dia nota-lo passar, e quem sabe até alguém notasse à medida que ele fosse passando. Eu decidi então encarar o fim do mundo como um evento que se aproxima a cada dia, e coloquei meu plano de reserva de lugares em ação, mesmo porque jamais me perdoaria se não tivesse aquele meu lugar de frente para o mar, e aquela água de coco gelada nas mãos. Trabalho com um objetivo bem claro em minha vida preciso conseguir estes lugares e aproveitar o máximo deles enquanto puder, mesmo porque não vai ter graça nenhuma se o espetáculo durar só alguns minutos, mas vai ser muito bom aproveitar desta condição enquanto o tal dia não chega, e se não chegar comigo vivo, vai ser uma pena, mas de uma certa forma cada um tem seu diazinho do juízo final quando bate as botas. O ser humano brinca de ser Deus todos os dias, e até inventa um Deus que lhe seja útil para justificar tudo aquilo que faz, não sei se devo esperar me encontrar com esse Deus que todos falam, ele pode ser bem diferente disso tudo, posso tomar um grande susto, ou talvez não me encontrar com ninguém, mas sei que isso que tem dentro de mim e que me faz escrever tudo o que escrevo permanecerá vivo após o final de tudo, este meu “Eu Interior”, resistirá assim como as baratas, e talvez se desprendendo do tempo possa testemunhar uma história de um novo mundo a ser criado. Não chega a ser uma obra de ficção, é apenas um pouco de maquiagem literária jogada sobre aquilo que já está acontecendo. Nosso planeta se aquece a cada dia devido à utilização de combustíveis fósseis, mas nossa mente pode nos levar imaginar quadros tenebrosos, não custa nada tentar. Imaginem que daqui a alguns anos vamos nos dar conta que tanto consumo de energia só pode nos levar mais rapidamente ao abismo, ainda que tenhamos muito que queimar, e temos de sobra. A cidade de São Paulo é uma das maiores consumidoras de energia do planeta, e muitas vezes consome muito além do que necessita, imagine que um governante resolva fazer um esforço para deter este consumo desenfreado. Aparelhos de ar condicionado seriam desativados em repartições públicas, lâmpadas seriam substituídas por outras mais eficientes, e até mesmo os hospitais seriam incluídos neste esforço, mesmo porque jamais poderia faltar energia nos grandes hospitais da cidade de São Paulo. Tanto esforço só nos daria mais algum tempo de sobrevida, o aquecimento global ainda assim continuaria em curso, mesmo depois de algumas décadas de esforço dedicado de governantes, cidadãos e da comunidade científica, os grandes hospitais da São Paulo tomariam medidas conjuntas de controle de consumo de energia, alas que não precisassem de ar condicionado, passariam a não tê-lo, algumas outras seriam transferidas para tendas onde haveria mais ventilação e o controle de contaminação por agentes biológicos seria mais rigoroso, salas de cirurgia ainda ocupariam prédios de concreto e aço, mas salas de parto seriam mudadas para os ambientes tenda, onde seria mais fácil respirar, e ainda assim se garantir um controle de infecção hospitalar quase excelente. Esta solução arriscada, mas plena de êxito criaria um novo paradigma a ser buscado, mesmo assim ainda estaríamos morrendo lentamente sufocados, a cada dia, e chegaria com certeza o dia em que esta solução não poderia mais ser aplicada, o ar seria tão poluído que os recém – nascidos correriam grave risco de intoxicação, e chegaria ainda o dia que ao dar seu primeiro grito para a vida uma criança haveria de consumir os últimos centímetros cúbicos de ar respirável, e morreria em seguida, juntamente com os trilhões de pessoas sobre a terra. A maior de todas as catástrofes é o aquecimento global, pois ainda morreremos todos sem nenhum tiro ou explosão, mas pela nossa avidez de consumir qualquer coisa que esteja à nossa disposição.
Licença Creative Commons
"Depois que tudo já tinha sido feito, ou antes, que nada mais pudesse acontecer” de Zisco Hares Fongaro é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://zisco-zisco.blogspot.com.br/2012/12/depois-que-tudo-ja-tinha-sido-feito-ou.html#links.

domingo, 26 de setembro de 2010

ABAIXO A CENSURA DO PT

Entrem na minha mais nova comunidade, vamos deixar bem claro que o Lula não é tudo isso.

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=106712086

Essa é minha, vamos lá!


domingo, 12 de setembro de 2010

Será que somos verdadeiramente uma democracia?


Image via Wikipedia
Repasso o texto de Arnaldo Jabor por que acredito na liberdade de expressão em um país democrata.

Temos o direito de escolha e devemos optar pelo que acharmos melhor. Mas devemos ter sempre liberdade nesta escolha...

por Arnaldo Jabor

VOTE NA DILMA !

As promoções da época!

Vote na Dilma e ganhe, inteiramente grátis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.

Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.

Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S. Paulo.

Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia.

Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos "Sem Terra", Pedro Stedile e José Rainha, além do Minc com uniforme de guerrilheiro e sequestrador.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa ..., ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães.

Tudo isto e muito mais!

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.

ARNALDO JABOR



TSE retira comentário do Arnaldo Jabor do Site da CBN

Leia o comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:

"A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa."


Recebi este e-mail e estou também publicando em nome da liberdade de expressão que julgo essencial para nos arvorarmos a dizer que vivemos em uma democracia.


Enhanced by Zemanta


Powered by ScribeFire.

terça-feira, 6 de julho de 2010

ONGs promovem abaixo assinado em prol dos animais

A primeira delegacia de proteção animal do estado de São Paulo surgiu em Campinas e agora é a vez da capital ter uma unidade policial especializada em fazer cumprir as leis existentes em favor dos animais. A iniciativa é do Clube dos Vira-latas e já conta com o apoio do deputado Celso Giglio que encaminhou um pedido oficial ao Governador. Até o dia 30/julho de 2010 a ONG espera registrar 50 mil assinaturas e entregar em mãos ao governador do estado de São Paulo em exercício Alberto Goldman, que está substituindo José Serra por conta da candidatura do mesmo à presidência da república. Acesse e assine: www.cao.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Champanhe com Torresmo: REDES SOCIAIS

Champanhe com Torresmo: REDES SOCIAIS: "Política no Facebook Zisco Hares Fongaro O Serra e a Dilma vão cada uma à sua maneira nos manter debaixo dos mesmos acordos com banqueiros,..."

domingo, 28 de março de 2010

Pros companheiro vê que nóis escreve bem

Esse é o brog que nóis vai usa pra falar pros companheiro do pranauto o que nóis pensa deles e o que nóis que que eles faiz.

Nós já tem os direito dos mano, as borsa famia, e as borsa emprego, agora nóis queremo as borsa de valô, essas que os cabra compra e vende as ação das fábrica que nóis só entra como impregado e despois sai disempregado.

Nóis queremo fazê fio e ganhar dinhero du grovreno pra mó de sustenta nossa caxaça.

Oge nóis já criemo o brog, despois nóis esceve mais.